Qual não foi minha surpresa ao me ver diante de uma teoria da moeda, elaborada no século XIV, que permanece ainda perfeitamente correta em nossos dias, sob a égide dos princípios novos do século XIX, e isso com uma concisão, uma precisão, uma clareza e uma simplicidade de linguagem que dão alto testemunho da inteligência superior do autor.
M. G. Roscher (1862)
N. Oresme ergue-se contra os procedimentos dos príncipes, herdeiros dos tempos feudais, para os quais a moeda é instrumento de poder e seu preço pode variar segundo os imperativos políticos. Para N. Oresme, sendo estritamente mercantil o fim a que a moeda se destina, nenhuma manipulação de preço pode ser tolerada.
Claude Dupuy
A prática das alterações monetárias era, na época, uma prática corrente e habitual, baseada, sobretudo, numa necessidade fiscal, que encontrava uma justificativa histórica na falta de um sistema tributário organizado. A Prática das alterações monetárias era consagrada nas normas, como nos coutumes de Namur, que diziam que a moeda "quando voluerit stabit quando voluerit mutabit". Coube a Oresme sintetizar, no seu Tractatus, as reações das doutrinas canonista, civilista e aristotélica contra a prática das alterações monetárias.
Letácio Jansen
Diretor do IEM
De moneta é uma verdadeira jóia da literatura em matéria de política financeira. Escrita por volta da metade do século XIV por Nicole Oresme, teólogo, físico e astrônomo, a obra põe a nu os inumeráveis problemas que a alteração da moeda cria para a comunidade e o governo. Algo que para a maioria de nós soa familiar e contemporâneo.
O autor expõe as distintas situações e aventura sua opinião em cada caso. Sete séculos depois, suas conclusões continuam vigentes e se mantêm atuais, ainda que num meio econômico e financeiro extremamente mais complexo do que aquele da época em que viveu Oresme.
Osvaldo H. Soler & Associados
(Editores argentinos de N. Oresme)
Os economistas austríacos dos dias de hoje não são os primeiros a apontar que a interferência governamental faz com que o dinheiro cause má impressão e perca confiabilidade. Eles se apóiam em uma tradição de muitos séculos em que figuram economistas ilustres como Murray Rothbard, Ludwig von Mises, Carl Menger, Frédéric Bastiat, Willian Gouge, John Wheatley, Etienne de Condillac e Tomáz de Azpilcueta. Na realidade, essa tradição remonta ao verdadeiro pai da economia monetária, o grande Nicole Oresme.
Jörg Guido Hülsmann
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